Edição 1 - EFICIÊNCIA , EFICÁCIA E PRODUTIVIDADE
EDIÇÃO 1 - ECONOMIA POSITIVA 12/11/2020
Um bom dia para o "eu" do futuro e para os leitores que um dia tenham o azar de vir aqui parar.
Confinado e infetado com Covid-19, é desta forma que começo o primeiro edição do meu blog e a minha jornada na escrita.
Atualidade económica, social e política
- Segunda vaga de covid-19 com uma média de 5000 casos positivos diários e recorde no número de mortes por covid-19.
-Pfizer lança comunicado a apresentar vacina com 90% de eficácia no combate à Covid-19. Presidente da Pfizer vende 5,6 milhões de ações.
- PJ faz buscas ao SLB, SCP, Santa clara por suspeitas de casos de corrupção.
-Começam hoje as reuniões com sindicatos sobre o plano de reestruturação da TAP.
Eficácia, eficiência e produtividade de uma empresa.
Decidi fazer uma análise sobre a produtividade, eficácia e eficiência dos trabalhadores e empresas portuguesas.
Começando por tratar os conceitos pelo que realmente são, a eficiência é a capacidade de realizar uma tarefa ou serviço com o menor uso de recursos e tempo possíveis. Já o conceito de eficácia indica apenas a capacidade de realizar e concluir uma tarefa ou serviço. Estes dois conceitos estão interligados e separá-los traz problemas para as empresas. Uma empresa muito eficiente, mas pouco eficaz não vai conseguir crescer nem aumentar a sua produtividade, pois vai ter dificuldade em completar as tarefas que lhe competem. Em contrapartida, uma empresa muito eficaz, mas pouco eficiente leva a que em casos extremos, seja mais dispendioso realizar a atividade que lhe está associada do que estar parada. Qual a solução? Maximizar a eficácia e eficiência como se de um só conceito se tratasse. Fazer mais, com menos recursos e menos tempo.
Os conceitos de eficácia e eficiência não se prendem só às empresas, também devem ser incutidos aos trabalhadores estes conceitos. De acordo com a PORDATA, em Portugal, um trabalhador por conta de outrem trabalha, em média, cerca de 36h semanais. Será que os trabalhadores portugueses estão a usar bem o seu tempo ?
Os países com maior carga laboral da Europa são Grécia, Polónia, Lituânia, Letónia, com valores situados entre as 36 e as 39 horas de trabalho semanais. Portugal está, então, entre os países que mais horas trabalham por semana. Mas isso não é necessariamente algo negativo..
Países como Alemanha, Dinamarca, França e Luxemburgo trabalham cerca 30h semanais, o que, em comparação com Portugal, é menos uma hora por dia. No entanto, esses mesmos países apresentam resultados e balanças económicas mais favoráveis (ou como se percebe agora com a pandemia, menos desfavoráveis) e graus de satisfação e níveis de qualidade de vida superiores aos de Portugal. Assim, somos dos países mais trabalhadores e que menos produzem.
Como poderíamos então inverter este panorama?
Uma das formas de contrariar esta situação era dar liberdade e flexibilidade de horários aos trabalhadores. O trabalhador deve perceber que tem liberdade sobre o seu horário e que é mais importante a produtividade do seu trabalho do que o número de horas que está sentado por semana. Isto encarrega-o de um sentido de responsabilidade enorme o que para muitos é um entrave. Se me apetecer ir trabalhar só de tarde tenho essa liberdade e no sábado, domingo ou outra hora qualquer compensar a ausência. Ainda que difícil de implementar e de incutir este sentido de responsabilidade às pessoas, penso que esta poderia ser uma opção.
Outra solução seria diminuir propositadamente a carga horária dos colaboradores, e aumentar o número de equipas a trabalhar na empresa. Ou seja, as pessoas trabalham menos horas, mas as organizações passam mais tempo abertas porque tem mais equipas. Isto seria particularmente interessante se as empresas não tivessem uma carga fiscal gigantesca de cada vez que contratam um trabalhador. Este modelo traz a dificuldade de interação e a agilidade entre as equipas, mas depois de ultrapassada a empresa entraria em modo cruzeiro.
No fundo as duas soluções impõe responsabilidade e critério para a realização do trabalho. Só com este tipo de rigor as pessoas conseguem aumentar a sua produtividade e diminuir o número de horas que passam sentadas a um ecrã sem fazerem nada.
A chave está em valorizar a eficácia e eficiência dos trabalhadores, tornando-se mais produtivos. As empresas criam mais equipas de trabalho, pagam mais impostos, os trabalhadores tem mais tempo livre e o grau de satisfação de todos aumenta.
João Barros
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